13/12/10

O maior bem para além do bem e do mal - II

Isso parece-me uma forma de negação e de nos iludirmos a nós próprios. Quando alguma coisa terrível acontece, a mim ou a alguém que me seja próximo – acidente, doença, sofrimento de qualquer espécie ou morte -, eu posso fingir que não é um mal, mas o facto é que o é; porquê negá-lo?
Você não está a fingir coisa nenhuma. Você está a deixar que isso seja como é. Esse “permitir que seja” leva-o a transcender a mente, com os seus padrões de resistência que geram as polaridades positiva e negativa. É um aspecto essencial do perdão. O perdão do presente é ainda mais importante do que o perdão do passado. Se perdoar cada momento - se permitir que ele seja como é -, então não haverá acumulação de ressentimentos que precisem de ser perdoados algum tempo depois.
Lembre-se de que não estamos a falar aqui de felicidade. Por exemplo, quando uma pessoa de quem você gosta acaba de morrer, ou você sente a sua própria morte a aproximar-se, não se pode sentir feliz. É impossível. Mas pode sentir-se em paz. Poderá haver tristeza e lágrimas, mas desde que você tenha desistido da resistência, sob tristeza sentirá uma profunda serenidade, uma quietação, uma presença sagrada. É a emanação do Ser, é a paz interior, o bem que não tem oposto.”
E. Tolle

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